sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Adeus.

Passo meus dedos no meu cabelo já sem cor
Tudo em mim perdeu sua cor
Nada me alegra, nada de encanta
Tudo foge e nada me resta.

Fujo e sufoco
As pessoas falam e nada ouço
Tudo entra como sai e apenas sorrio sem sentir emoção
Estou morto por dentro, vivo por fora
Tremo de uma emoção que apenas tem o seu senão.

Vou embora, vou desaparecer
Estou esgotado deste dissabor, desta desilusão amargurada
Do toque inoportuno que o meu coração faz no meu peito
E da dor que ele me provoca.
Decido partir, não olhar para trás
Não quero chorar no dia que não quero deixar.

Corro, escondo-me e isolo-me
Tudo foi nada veio
Tudo vai e eu não venho
A este dia que deixo, neste dia que me vejo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Lembra-te!

Lembra-te de mim
Aqui e ali
Quando teu espírito estiver quebrado e apenas te apetecer chorar
Lembra-te da forma feliz como te sentias e sorri.

Lembra-te de todas as vezes que riste
Todas as tristezas ultrapassadas por palavras simples
Um relâmpago de simplicidade e afecto à procura de um simples sorriso
O teu sorriso.

Lembra-te de todos os momentos que te abracei estando longe
As saudades que tinhas quando não me ouvias perguntar como te correu o dia
Do meu toque em tua cara te perguntando "Porque choras?"

Lembra-te dos bons momentos passados e sorri
Anda pela rua novamente a saber que alguém sempre te amará
Sempre alguém te amará
Lembra-te de mim como uma lembrança amorosa passada e sorri.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Falta-me o ar
Aquelas palavras esquecidas que pensei jamais puder recuperar
Vão e voltam, ficam e desmontam
Desmontam o pouco que da minha mente resta.

Tristes meus olhos acompanham o nada
Na imprudência da expulsão da resignação
E lacrimejando vêem o resultado da estupidez
Que eu não percebo.

Meus lábios rasgados pela separação dos teus
Ardem e sangram uma dor incontrolável
As lágrimas se apoderam de minha cara
Enquanto minhas mãos tremem ao tentar limpa-las.
Agarro os lençóis da minha cama, amasso-os e aperto-os com força
Abraço aqueles lençóis na mesma forma como queria fazer-te a ti
Abraço com toda a força e sentimento sem nunca largar.

Distantes vão os sonhos e sorrisos
Perto está a apatia e a incompreensão
Tudo que amo,
Tudo o que me é importante
Acena-me de longe e sem expressão
Sinto-me tão pouco, aqui, sozinho.

Um horizonte se abre perante mim
Eu ignoro, prossigo
Este mundo está cheio de maldade, injustiças
Sigo a intuição do resto que de mim sobra, sigo o que meu pensamento sugere
Não gosto desta verdade desmascarada
Nada muda nem quer mudar
Continua tudo frio e invejoso como outrora eu conheci.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Aonde estás tu?

Olho na rua e não te vejo
Sempre te vi à distancia e sempre me preocupei
Sempre tentei estar por dentro de tudo
Sempre tentei sem nunca tentar incomodar!

Aonde estás tu?
Desapareceste e a preocupação preenche-me
Será que estás bem? Espero que sim!
Quero ver-te a andar na rua novamente
Ter a certeza que estás aqui estando longe!

Tremo de preocupação
O mundo está feio sem tua presença aqui
Estando longe o meu mundo torna-se muito melhor do que não te ter aqui de todo
Gostaria de estar perto, saber de ti sempre mas não posso
A vida não deixa de momento
Aonde estás tu? Responde-me por favor!
Aonde estás tu?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Em teus olhos.

Vi a lua nascer
Cá em baixo, longe do céu
Com sua luz própria a iluminar minha face
Quando os teus olhos se cruzaram com os meus.

Teu rosto me sorria
Teu sorriso me encantou
Transbordou-me de alegria
Na serenidade da vida.

A ironia de palavras por nós ditas
Toque simples entre nossas mãos
No meio da conversa onde tudo pode acontecer
O primeiro beijo no meio da frase apareceu
E desde aí
Em teus olhos meus viajarão.

De um coração partido!

De um coração partido
Meu em mil bocados se encontrou contido
Tudo caiu nada voltou
Solidão reinou até o dia da negação.

Mesmo estando comprimido
Meu sofrimento continua erguido
Reina no meu interior, isolado pelo meu exterior
Pelo sorriso da libertação.

Se ele for despido destes trapos que o isolei
Uma cicatriz se encontrará, se verá
Jamais será consertado, apenas ajudado, rachado ele residirá!

Amor o partiu, amor o abandonou
Por falta de coragem eu o isolei
Num cantinho indefinido
À espera do seu espaço, seu lar.

Imaginação Fértil!

   Ecoam os passos na minha cabeça, um bater do pêndulo do sino enche minha mente e eu fiquei ali no meio da rua a olhar para o portão negro que se apresentava perante mim. Nada fiz, olhei, toquei-lhe e parei de novo como se algo de novo estivesse ali perante mim. Era um portão maior que eu, e eu imaginava-me daquela altura a olhar para baixo. Como seriam as coisas vistas naquela perspectiva? Diferentes de certeza absoluta, tudo que eu vejo visto por outro tem uma perspectiva diferente, isto porque, não se trata da mesma cabeça e pessoa a pensar sobre aquilo que observo. E assim fico eu a observar aquele portão. Mas que estaria aquele portão a guardar? Um jardim imenso com aromas vários pelo qual o meu olfacto iria actuar numa tentativa inútil de distinguir os diferentes cheiros ali presentes? Uma família que me expulsaria imediatamente da frente daquele grande monstro preto? Ou um senhor idoso que me convidaria a beber uma chávena de café e observar a biodiversidade de tudo que me rodeia? Quem sabe o que se apresenta lá por detrás deste grande portão. Eu não sei pelo menos. Mas foi isso que me chamou a atenção! Apesar de ser algo muito vulgar e simples na vida de qualquer pessoa este portão preto fez-me pensar e imaginar muita coisa. Tal como a matemática do simples pode tornar tudo muito complexo este portão pode levar a minha imaginação até aonde eu a deixar ir. Neste momento imagino-me como se fosse uma formiga, poderia passar por debaixo dele e ver finalmente aquilo pelo qual a minha mente anda a tentar descobrir de maneira infinitas. O mundo visto daquele tamanho devia ser fantástico. As flores gigantes, pedras esburacadas e com formas de montanhas perante mim em abundância, joaninhas e sardaniscas de um lado para o outro com as suas formas magnificas como todos os seres deste planeta. Podia ver tudo com muito mais pormenor, coisas que o olhos humano simplesmente não consegue captar. Algo que apenas com instrumentos de amplificação me permitiria observar. Era fantástico conseguir ser um ser tão pequeno nem que fosse durante umas horinhas tal como o consigo ser na minha mente. Claro que também iria sentir dificuldades mas o que me dá ainda mais vontade para ser muito sincero. Ser tão pequeno que uma simples folha servisse para eu andar naqueles pequenos grandes rios de água feitos pela chuva. Enfim, ser um ser minúsculo que me permitisse aprender ver a vida com outros olhos.
   Ver a vida de cima também devia ser interessante, ver montanhas tão pequenas que iriam parecer simples pedras, poder tocar nas nuvens e sentir sua forma gasosa e molhada na minhas mãos, tomar banho no oceano e deitar-me em imensos planaltos e descansar lá. Como seria a vida vista destas e de outras formas? Como seria ver a vida na pele de um africano onde a cultura é completamente diferente? Como seria ver a vida na pele de alguém muito famoso? De alguém que já sofreu demais?  Bem acho que apenas na minha mente consigo descobrir tal feito. Apenas posso pensar nisso enquanto me continuo a perguntar o que se encontra por detrás daquele portão que apresenta perante mim. Começou a chover! Eu tenho o meu guarda chuva na mão mas não o abro. Olho para o céu e imagino como seria cair dali! Cair daquela nuvem acinzentada que permanece por cima de mim. Será que está a chorar? Será que existe algo perante tudo aquilo que a ciência não nos diz? Bem, aqui me encontro a imaginar tudo e nada perante o que na minha vida me chama a atenção a sorrir.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Palavras.

Palavras minhas, palavras tuas, palavras nossas
Meras palavras com muito e pouco significado
Junção complexa de idealizações escritas
De significado imenso para quem as compreende.

Soletrar de letras agradáveis
Ruídos magníficos libertados pela boca molhada e delicada
Com intenção imensa de agradar o ouvinte que os ouve com contento.

Uma pausa entre cada palavra
A emoção do locutor por cada uma libertada
A vontade de agradar a pessoa
Pessoa pela qual queremos que ouça e se encante
Pelo poder que as palavras por nós escrita ou divulgada.

Meras palavras podem ter muito significado
Depende de quem ouve, quem lê, quem quer ver
Meras palavras simples e complexas e bastas em significado.
O silencio profundo pode esconder as palavras mais belas ditas apenas pelo olhar
E os actos são a demonstração que cada palavra silenciosa pode ter.

As palavras são o meio de recordação que os mortos deram aos vivos
A palavra é o artista que pinta os quadros da vida
Com as caras das pessoas que querem lembrar
Num romance apaixonante do cruzamento entre o bom e o mau.
As palavras são aquelas que nos unem
Palavras minhas, palavras tuas, palavras nossas.
Caio neste buraco sem fundo
perco tudo
nada resta e continuo à espera de algo
de uns braços que aparem a queda e me segurem.

Espero ver a luz do sol e abrir os olhos para o mundo que não compreendo
esta mente descontrolada que me mantêm a viajar por todo o lado sem nunca ter saído do sitio
e encontrar o sitio onde todas as respostas possam ser dadas.

Grito para o mundo com a raiva do desconhecimento
agarro-me as rochas e sangro das mãos
já me esquecia como era tão doloroso magoar a minha parte carnal
sempre fui tão correcto e calculoso
e apenas minha mente se encheu de pensamentos confusos e dolorosos.

Consigo ver-me a sorrir na escuridão que me agarra com força
uma luz para a chave que tanto procuro e não encontro
o amanhã que é marcado pela voz marcada na minha memória de alguém que me é algo
na maquina que manda bombear o sangue o dia todo sem parar.

Mente distorcida, jamais esquecida
dores carnais e espirituais inesperadas
elas me fazem sentir morto estando vivo
Num mundo de dissabores e injustiças onde os pecados predominam.

Porque não vou simplesmente embora
vou embora e não te deixo mais puxar-me e empurrar-me de seguida como fazes
não saio deste hoje e procuro o amanhã sem a mentira da vida em meu redor?
um teste de coragem e perseverança
me prende a isto, aquilo, a esta dor de tentar descobrir o amanhã
prende-me a esta escuridão do desconhecimento real.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Porque sempre que te vejo, uma lágrima caí da tua cara?
Será imaginação minha?
Será que realmente estou a tua beira ou apenas sonho acordado?

Vejo-te longe e sinto-te perto
respiro o ar que libertas do teu nariz já gasto
teu calor longínquo me faz suar cada vez mais
e tua tristeza me faz querer abraçar-te com força.

Agarra minha mão mais uma vez
bem viajar comigo por este mundo
sorri para a vida com vontade e corre pelos vales que se aproximam dos teus pés
saí da rotina e foge para a minha mão
Aprende tudo e nada com o meu ser.

Porque não me dás a mão? Porque não me vês?
Estou aqui? Nunca saí daqui!!
Olha para mim, nunca me fui embora!
Mas porque mesmo quando te sinto não te vejo
E quando te vejo não te sinto?
Porque não consigo eu alcançar tua cara e limpar-te as lágrimas
porque continuas a chorar e não posso fazer nada?

Inteligência?

Começo tudo sem pensar e sem pensar vejo-me a pensar
acto natural, realidade na qual ninguém pensa mas se comprova
tudo que se faz é pensado
somos assim tão limitados para pensar que não pensamos?

Choro repentino se apodera da minha cara
sinto uma lágrima descer pelos traços da minha cara
desce feliz ou triste? A verdade é que desce e qual será o seu destino?
Provavelmente será limpa pela minha mão ou pela de outra pessoa
ou simplesmente acabará por cair no chão e será esquecida, relembrada jamais
Então qual o seu propósito?

Lágrimas são símbolo de tristeza ou felicidade?
Sim, elas aparecem quando se está feliz e triste, estranho mas realidade
tão reais como o facto de eu suspirar quando sinto este eco no meu peito com falta de algo
como se andasse sem chão e sem céu, apenas vejo uma multidão de coisas que meus olhos reconhecem
e que eu simplesmente repugno cada vez mais.

Vezes e vezes sem conta vejo-me a falar com o vento
Falo com ele como não falo com pessoas
ele parece ter inteligência ao contrário dos seres supostamente inteligentes que se assemelham a mim
Sabe o seu propósito, sabe o que quer e tem que fazer
eu e todos iguais a mim pensamos sem pensar em nada
Pensamos que somos inteligentes e de facto para que a queremos se não a sabemos usar, não sabemos o que realmente queremos...

Muitos são os que pensam, poucos os que decidem alguma coisa
reagem sobre algo que não está certo nisto a que chamam vida
Muitos pensam que sabem muito e nada sabem
Saber não é um indicio de inteligência mas de sabedoria
Ser sábio não significa ser inteligente
Ser inteligente é algo complicado de compreender porque poucos o são
poucos são capazes de saber transformar a sabedoria em inteligência.

Eu sou uma pessoa um pouco sábia e nada inteligente
eu não sou inteligente nem nunca o serei
nunca ninguém o será a cem porcento, sábios há muitos inteligentes nem por isso
pelo menos tenho a inteligência de dizer que não sou inteligente
porque quem vive nunca será inteligente, por muita informação que possuía sempre cometerá erros
erros esses por falta da inteligência que demonstramos perante isto que nos rodeia
Perante a única pergunta a qual não temos resposta
Porque razão estamos aqui?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Melodia !

Dois mundos estão a colidir
as cortinas caiem ensanguentadas sem remorsos
Espadas entre verdade e sonho se cruzam
destruição da protecção da nossa alma com a melodia demoníaca que ouves dos outros.

Lentamente corta as cortinas da vida
Corre para o teu destino sem rumo
Abraça a tua fraqueza desconhecida com todas as forças
Abraça aqueles que te fazem sentir segura.

Luta contra os inimigos da tua mente
deixa a raiva sair em forma de lágrimas
sente-te esgotado, revigorado pronto deixar a cabana em que estás
cheia de tentações angustiantes que te fazem querer fugir!

O futuro está mais longe daquilo que alguma vez pensamos
temos medo do monstro que se esconde sobre a escuridão da nossa alma!?
Não tínhamos medo de avançar quando tudo aconteceu porque ter agora?
Será que afinal tínhamos e não sabíamos?
Lentamente corta as cortinas que te prendem e voa pelo mundo fora
escuta aquela melodia que te enche o coração de paz.

Melodia selvagem e feroz
aquela que apenas tu consegues ouvir
Ouve e desfaz as cortinas com as tuas presas renovadas pela vontade de viver
desfaz todo o mal dentre de ti e sorri para a vida como sempre o devias ter feito
A escuridão entende nos mas desfaz-nos aos poucos
como uma folha de papel na mão do fogo furioso
dentro da floresta dos desprazeres da vida que se encontra a sociedade sem remorsos.

Ouve a tua melodia e acredita no teu coração
ela tem a coragem desconhecida da tua alma e quando perceberes
a tristeza em que tu estás mergulhada vai desaparecer
e sorrirás para a vida após ouvires a melodia da esperança
a tua melodia!