Ai esta loucura eloquente!!
Tanto me deixa a rir como a pensar
Tanto me deixa acordar como sonhar
E nada nem ninguém vê
Aquilo que eu teimo a ver
Sem sequer o fazer.
Num momento tudo é verde
No outro tudo se torna preto
De uma mudança de espírito
Que esta multidão enraivecida solta!
E afinal que faço eu aqui parado?
Não sei para ser sincero mas que poderei eu fazer?
Já me fartei de viver como tu
Já deixei a angústia ir embora
Deixei-a para os que a querem
Prefiro viver
Ver esta revolução e agarra-la e enfrenta-la.
Lutar e lutar, sangrar e aguentar
Com aquilo que me sustenta
Me satisfaz
Me faz.
E ando nesta rua
Descalço e tranquilo
À espera do futuro que tenha este presente
Um passado no qual
Minhas memórias sejam o espelho
Que meus defeitos
Desenharam em erros
Nesta calçada que minha vida rebenta
Minha vida desfaz
Minha vida constrói
Com liberdade de sonhar
Com liberdade de lutar!
sábado, 20 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Rascunhos de vida
Escrita complicada
Neste conjunto de palavras que vivi
Onde facilmente fico louco
Numa leve e doce lembrança de segundos.
A preto e branco
Todas as imagens me surgem e sussurrem
Numa ida e volta do vento
Que luta contra os traços da minha cara
E deslizam pela vida
Onde eu sei melhor que todos
Que nada foi feito
E nada será realizado
Pelo medo que é nosso.
De um livro inacabado
Uma cura pelo desconhecido pode ser encontrada
Nos vícios de batalhas
Nas quais deixo o tempo representar
Aquilo que eu não consigo
Neste meu caminho curar.
Viro as páginas e apenas vejo lágrimas
Vidas sofridas e confusas
Onde só existe incompreensãoSolidão, falta de emoção
Num sentido ao qual tu dásE eu não dou.
Sentei-me no quarto
No chão frio e limpo
E escrevi a história que alguém mudou
Onde o fim ficou em branco
Para não ter que doer
No fim dos rascunhos de vida
Que ando a ler e rever.
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