segunda-feira, 11 de abril de 2011

Vias cruzadas.

Tudo vai e volta
Tudo cresce e morre
Tudo sorri e chora
Tudo se quis e nada... nada se obteve.

Da angústia calada
Sofre o cruel
Com o medo instalado
No seu coração impotente
Chora sem parar
E eu aqui.. olho para ele
Aproximo-me e paro.

De tudo que já vi
De tudo que já vivi
De tudo que já sofri
Vejo-me naquela imagem
Reflectida no espelho
Dada pelas lágrimas daquele ser...
Daquela frágil mulher.

Em busca de sossego e paz
Ela se esconde
corre para longe e grita
E eu ali sigo-a sem nada fazer.

Numa árvore encostada
Sua beleza emerge com a luz que a rodeia
Tudo ao seu redor parece fantástico
Irreal..
Uma imperfeição perfeita
Sublinhada pela ousadia da vida
Dada por ninguém a todos.

Aproximo-me
Simples palavras me saem.
Olho-a nos olhos e levanto-a
Limpo-lhe as lágrimas
E carrego-lhe o cargo
Que a vida ousou dar
Ousou presenciar
Sem nunca sequer lha explicar.

Sem comentários:

Enviar um comentário