quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ai olhos meus!

Olhos meus!
Aí olhos meus!
Tudo me diziam, tudo me sentiam
Nada me escapavam e em tudo brilhavam
Eram tudo que eu queria
Tudo que eu tinha
Nada que eu dizia
Mudavam sua visão perante mim!

A luz se apagou
Tudo que olham entristece
Seu verde perdeu a esperança
E seu riso magnifico desaparece
Sem um único adeus
Uma palavra por mais gasta que estivesse
Nada, foi e nada
Nada lhe resta
Nada lhe encanta!

Inveja por os ter têm
Mas agora, apenas a mim eles pertencem
Quem os teve já os perdeu
E quem os perdeu ele anseia ver
Com uma lágrima alegre
Cheia de angustia
De palavras gastas.

Já não se passa completamente nada
Como um trapo
Meus olhos são apenas normais
No meio do chão da calçada
Ninguém repara
Ninguém os chama
Ninguém os ama!

Uma escuridão temporária
Passa nos ventos de hoje
As cores mais fascinantes
Em meus olhos se apagam
E como o pássaro lendário
Renascerão
Sorrirão
E por mais um dia amarão
O que não os ama mais!

Aí olhos meus!
Que saudades de teu reflexo
De teu brilho
Da tua vida
Daquilo que mais amo em mim
E que mais escondo
Que saudades de vos ver
Que saudades de vos ter.

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