quinta-feira, 14 de abril de 2011

Crescer e fazer ver.

Mal nos conhecemos
Inauguramos uma estrada proclamada de vida
Cheia de sorrisos e trambolhões
Cuja arma que usamos nem sempre a sabemos usar.
Falamos muito e fazemos pouco
Somos um pequeno detrito
Numa sociedade repleta de ângulos por limar
E cuja lima está viciada num jogo cheio de fronteiras
Cujas regras são muitas vezes traídas.
Tal como um beijo na boca
As coisas acontecem e marcam
E com o tempo se esquece
Nada fica visível
Tudo fica marcado
Naquele tesouro mágico
Do qual o mapa o perdemos sem nunca o termos tido.
Uma linha veremos um dia
O dia da despedida do conhecimento vivo
Num transporte entre vida e morte
Onde apenas os que se limaram conseguem ser recordados.
Podemos não ser limados
Mas limar os outros com as nossas palavras
Basta sermos o que somos
E fazer crescer os imaturos
Para que de um detrito se forme uma rocha
E de uma rocha uma montanha
Que limpe suas imperfeições
Com a lima que a sociedade corrompe.

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