sábado, 23 de julho de 2011

Anda daqui para lá...

Anda daqui para lá
Anda a balançar os teus olhos
Pelos braços alheios da falsidade
Dados pelos prazeres ambíguos e irrealistas.

Eu estou vivo
Dentro de toda uma lama fria
Deixada por nada
Criada por uma chama
Chama de passados sujos
De um imenso reflexo onde nada e tudo se encontra.

E naquela pequena caixa
Sim essa caixa ao teu lado
Encontra-se o maior tesouro
Aquele que todos temos mas ninguém possui
Aquele que todos anseiam, ninguém deduz.

Abre lá a caixa
É tudo que tenho para ti
Nada meu,nada teu,nada de ninguém
Tudo de quem a encontrar
Nada de quem não a abrir.

Eu desisti dela
Não me faz falta? E a ti?
Será que sim? Será que não?
Porque me olhas assim?
Eu sou ninguém no final de tudo
E tudo no inicio do fim..

No meu universo eu sou igual a ti
Todos os nossos erros são iguais sendo diferentes
Todos erramos, todos perdoamos, todos choramos
E no meu universo
Os teus olhos molhados
Fazem meus braços desarmados
Segurarem a pessoa que os molha..

Abre a caixa a vê o que nela se encontra...
Nada.. exactamente
Pensas que é nada
E nada é muito
Muito poder em tão pouca coisa
Poder de decidir
Poder de pensar
Poder de me olhar e sentir.

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