quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Rascunhos de vida

Escrita complicada
Neste conjunto de palavras que vivi
Onde facilmente fico louco
Numa leve e doce lembrança de segundos.

A preto e branco
Todas as imagens me surgem e sussurrem
Numa ida e volta do vento
Que luta contra os traços da minha cara
E deslizam pela vida
Onde eu sei melhor que todos
Que nada foi feito
E nada será realizado
Pelo medo que é nosso.

De um livro inacabado
Uma cura pelo desconhecido pode ser encontrada
Nos vícios de batalhas
Nas quais deixo o tempo representar
Aquilo que eu não consigo
Neste meu caminho curar.

Viro as páginas e apenas vejo lágrimas
Vidas sofridas e confusas
Onde só existe incompreensão
Solidão, falta de emoção
Num sentido ao qual tu dás
E eu não dou.


Sentei-me no quarto
No chão frio e limpo
E escrevi a história que alguém mudou
Onde o fim ficou em branco
Para não ter que doer
No fim dos rascunhos de vida
Que ando a ler e rever.

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