domingo, 5 de junho de 2011

Amor de Almas!

Enquanto aquela alma apaixonada existir
Anos, séculos, milénios passarão
E as marcas de sua metade permaneceram
Gravadas pelas paredes onde passará
Chorava, rira e alegrava
Seguras por seus braços cruzados cheios de impaciência!

E seu corpo morrerá e ressuscitará
Mil e uma vezes cairá
Naquele chão manchado de sangue e suor
Onde noutro corpo regressará
Lembrando-se da sua ligação passada
Ligação corporal e emocional
Deixada nos lençóis da cama
Onde seu cheiro permanecerá!

Biliões de guerras internas enfrentará
Muitos pensamentos mortos restarão
Onde nenhum animal se lembrará
De tal cruel felicidade
Eterna
Na qual sua vida se encarregou de encurtar!

E nos fins dos tempos vão se encontrar
Da mesma maneira na qual se deixaram
Como se de uma fotografia antiga de tratasse
Num tempo de inflexão, incompreensão
Na qual seus olhos reflectem no seu interior
Um caminho invisível a percorrer
Porque quem ama não esquece
E que não esquece não substitui
Aquela que sua alma conquistou
Sua alma enfeitiçou
Num pensamento não pensado
De um eco de memória viva
Dada pela união do abraço
Das suas almas protegidas!

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